Quero Encarar Cada Dia com Determinação e Objetivo - E Você?
- Jane Lúcia M. S. Cabral
- 13 de jul. de 2017
- 5 min de leitura
Esta semana, em nossa Reunião Familiar, o tema foi o ensinamento do Presidente Gordon B. Hincley sobre "Dedicar a Vida a Serviço do Próximo".
Ele falou uma frase que ficou em minha mente: “Quero encarar cada dia com determinação e objetivo.” A frase continua, explicando qual era o seu objetivo: "Quero usar todas as horas para dar incentivo, abençoar aqueles cujos fardos são pesados, edificar a fé e a força do testemunho.”

Ele tinha um objetivo muito claro e, lendo sua biografia e seus ensinamentos, vemos que sua determinação fez com que vivesse como planejara.
Pode haver algo mais benéfico para nosso dia do que acordar determinados a alcançar um objetivo já muito bem definido?
Alguns têm o objetivo de enriquecer, outros, de aprender idiomas, outros, a busca infindável das descobertas das ciências. Há quem tem o objetivo de viver cada dia e ser feliz, outros, de viver cada dia a fazer outros felizes. Eu gosto muito do objetivo dele:
# Dar incentivo às pessoas.
# Ajudar aqueles cujos fardos estão pesados.
# Edificar a fé e a força do testemunho de Jesus Cristo, O Filho de Deus.
O que aconteceria no mundo se todos acordassem assim, todos os dias? O que aconteceria em nossa família? O que aconteceria em nossa vida?

Eu sei que não é fácil, mas é possível e torna a nossa vida melhor.
Li a história da Amy e fiquei ainda mais impressionada com o que pode acontecer quando acordamos a cada manhã com este objetivo.
Compartilho a seguinte história, com a permissão de Amy Wright, que passou a compreender o princípio do serviço mesmo em meio a uma doença terrível e potencialmente fatal. Amy escreveu:
“Em 29 de outubro de 2015, descobri que tinha câncer. A taxa de sobrevivência para pessoas com meu tipo de câncer é de 17%. As chances não eram boas. Eu sabia que precisaria lutar pela minha vida. Estava determinada a dar tudo o que tinha não apenas por mim, mas sobretudo por minha família. Em dezembro, comecei a quimioterapia. Conhecia muitos dos efeitos colaterais das medicações contra o câncer, mas não sabia que era possível alguém se sentir tão doente e ainda assim estar vivo.
A certa altura, declarei que a quimioterapia era uma violação dos direitos humanos. Disse a meu marido que, para mim, bastava. Eu ia desistir! Não voltaria ao hospital. Em sua sabedoria, meu amado esposo me ouviu pacientemente e então respondeu: ‘Bem, então precisamos encontrar alguém a quem servir’”.
O quê? Será que ele não havia reparado que sua esposa tinha câncer e não conseguia suportar sequer mais um surto de náusea ou mais um momento de dor excruciante?
Amy prosseguiu explicando: “Meus sintomas gradualmente pioraram até que passei a ter geralmente um ou dois dias ‘bons’ por mês, quando eu conseguia de alguma forma agir como um ser humano vivo, normal. Era nesses dias que nossa família encontrava maneiras de servir”.
Em um desses dias, a família de Amy distribuiu kits de quimioterapia para outros pacientes e kits cheios de itens para alegrar as pessoas e ajudar a aliviar os sintomas. Quando Amy não conseguia dormir, pensava em maneiras de alegrar o dia de alguém. Algumas delas eram grandiosas, mas muitas eram apenas pequenos bilhetes ou mensagens de texto de incentivo e amor. Nas noites em que a dor não a deixava dormir, ela se deitava na cama com seu iPad em mãos e procurava ordenanças que precisavam ser feitas em favor de seus antepassados falecidos. Milagrosamente a dor diminuía, e ela conseguia suportá-la.
“Servir”, Amy testificou, “salvou minha vida. Por fim, achei forças para seguir em frente na felicidade que encontrei ao tentar aliviar o sofrimento das pessoas ao meu redor. Eu ansiava por nossos projetos de serviço com grande alegria e expectativa. Ainda hoje, isso me parece um estranho paradoxo. Você poderia pensar que uma pessoa careca, intoxicada e lutando por sua vida estaria justificada a pensar: ‘Neste momento vou cuidar apenas de mim’. No entanto, quando pensava em mim mesma, em minha situação, em meu sofrimento e minha dor, o mundo ficava sombrio e deprimente. Quando meu foco se voltava para os outros, havia luz, esperança, força, coragem e alegria. Sei que isso é possível graças ao poder alentador, capacitador e de cura da Expiação de Jesus Cristo”.
Amy passou a confiar no Senhor ao conhecê-Lo. Se ela houvesse se apoiado, mesmo que um pouco, em seu próprio entendimento, talvez teria rejeitado a ideia de servir. Servir permitiu que ela suportasse a dor e as aflições e vivenciasse esta escritura: “Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus”.
Presidente Hinckley disse, sobre melhorar o mundo: "Para o mundo ser melhorado, o processo de amar deve operar mudanças no coração dos homens. Isso pode acontecer quando olhamos além de nossos próprios interesses para dar nosso amor a Deus e ao próximo e assim fazemos de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso pensamento."
Eu sei que estas coisas são exatamente assim, tenho visto isto na minha própria vida e nade minha família. Quando eu fui para a maternidade para ter meu 5º filho, Kevin, minha médica me pediu que eu fizesse companhia para uma jovem mãe que estava tomando soro para ajudar na dilatação, pois ela estava na maternidade desde a noite anterior e a dilatação havia parado. Ela estava com dores, era seu primeiro filho, estava assustada e sentindo-se sozinha. Minha médica, que me conhecia havia anos, disse-me para levar-lhe um pouco de alegria e ânimo. Eu também precisava de ânimo, já que estava prestes a fazer uma cesareana e estava com minhas próprias complicações, mas fui, sorridente, conversar com ela.

Ela me contou o que estava acontecendo, como estava se sentindo e eu ouvi, segurei sua mão, sorri, contei de meus 4 partos anteriores, dei dicas de respiração para facilitar o parto e assim passamos uma hora conversando. Ela ficou tranquila e eu também!
Quando eu estava na sala de recuperação, vi um alvoroço e uma maca passar correndo no corredor. Era aquela mãe. Seu parto tinha dado complicações e eles estavam correndo para salvar-lhe a vida. Eles conseguiram.
Passaram uns dois ou três meses e eu estava na farmácia, com meu marido e os filhos, quando um casal, com um lindo bebê, veio até nós. Ela falou, "Querido, essa é ela! Aquela de quem te falei, que ficou comigo e me deu tranquilidade na maternindade. É por causa dela que eu fiquei bem!", e apresentou-nos o marido e o bebê.
Em meio a nossas próprias aflições, podemos encontrar alívio ao aliviar a carga de alguém. Pense nisto e decida acordar a cada dia com determinação e objetivo de ajudar alguém, de tornar o mundo melhor, uma pessoa de cada vez, e, é claro, começando em casa!
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