Como Foi, Mesmo, que Nasceu o Dia dos Namorados, no Brasil?
- Jane Lúcia M. S. Cabral
- 1 de jun. de 2017
- 4 min de leitura
E o Dia dos Namorados está chegando! Já pensou em como este dia nasceu?
A ideia vem do Valentine's Day, comemorado nos Estados Unidos e Europa, no dia 14 de fevereiro. Há algumas versões de como este dia nasceu no calendário, mas vou compartilhar a mais contada.
O chamado Valentine's Day começou a ser celebrado no século 5 - o primeiro dia oficial do santo foi declarado em 14 de fevereiro de 496, pelo papa Gelásio, em homenagem a um mártir que tinha esse nome. Há algumas explicações para a história, mas a mais famosa é a de que São Valentim era um padre de Roma que foi condenado à pena de morte no século 3. Segundo esse relato, o imperador Claudius II proibiu os casamentos, naquele século, por acreditar que homens casados se tornavam soldados piores - a ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no Exército. Valetim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo.

Por isso, ele passou a quebrar a lei e organizar cerimônias em segredo. Quando Claudius descobriu, ele foi preso e sentenciado à morte no ano 270. Mas, durante o período em que ficou preso, o agora santo se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, miraculosamente, devolveu-lhe a visão. No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça, assinando: "do seu Valentim" - o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada no 14 de fevereiro.

Mas foi apenas dois séculos depois que a data passou a ser efetivamente comemorada, quando o papa Gelásio instituiu o Dia de São Valentim, classificando-o como símbolo dos namorados. A comemoração foi criada como uma resposta a uma tradição antiga que teria se originado em um festival romano de três dias chamado Lupercalia. O evento, ocorrido no meio de fevereiro, celebrava a fertilidade. Seu objetivo era marcar o início oficial da primavera.
Como parte das celebrações, jovens sorteavam nomes de garotas misturados dentro de uma caixa. Os dois então se transformavam em namorados durante a festa, e podiam até casar.

Nos séculos seguintes, a Igreja decidiu erradicar celebrações pagãs e por isso transformou o evento em uma festa cristã, em homenagem a São Valentim. Mas há, ao menos, outras duas figuras históricas que disputaram o título de São Valentim associado a essa data. Uma delas é um bispo, de uma cidade próxima a Roma - na região da atual Terni - e, a outra, um mártir do norte da África. Como não se sabe muito mais informações sobre essas duas outras figuras, o padre de Roma acabou se tornando o mais conhecido São Valentim.
Sucesso comercial
Apesar de estar em queda, o "Valentine's Day" ainda rende um faturamento considerável nos Estados Unidos.

De acordo com a National Retail Federation (Associação de Varejistas dos Estados Unidos), a expectativa é de que a data mais romântica do ano traga US$ 18,2 bilhões (R$ 56,8 bilhões) para a economia. O número fica abaixo do recorde estabelecido no ano passado - US$ 19,7 bilhões (R$ 61,5 bilhões) - mas ainda mostra que a comemoração desperta o consumo dos americanos. Nesta data, o item mais comprado para presentear os (as) namorados (as) ainda é o tradicional cartão de São Valentim. Em segundo lugar, ficam doces (chocolates ou balas) e em terceiro, flores.
No Brasil
Eu gostaria de dizer que tem uma história romântica por trás do dia 12 de junho, mas, infelizmente, não tem. Embora seja celebrado na véspera de Santo Antônio, o santo casamenteiro, esta data é puramente comercial - foi uma boa ideia que nasceu!

A ideia de estabelecer uma comemoração de "Dia dos Namorados" veio do publicitário João Doria, pai do atual prefeito de São Paulo. Dono da agência Standart Propaganda, ele foi contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que sempre eram muito fracas.
Inspirado pelo sucesso do Dia das Mães, Doria instituiu outra data comemorativa para trocar presentes no ano: o Dia dos Namorados.

Junho foi escolhido porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. A escolha do dia 12 teve a ver com o fato de ser véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro. Unindo, então, o útil ao conveniente, Doria criou a primeira propaganda que instituiria a data no país. "Não é só com beijos que se prova o amor!", dizia um slogan do primeiro Dia dos Namorados brasileiro. "Não se esqueçam: amor com amor se paga", afirmava outro.
A propaganda foi julgada a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda, da época.
A data começou a "pegar" no Brasil no ano seguinte, 1950, quando mais regiões começaram a aderir a ela - posteriormente, a comemoração se tornou nacional.

Atualmente, o "Dia dos Namorados" já é a terceira melhor data para o comércio no país - atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A média do faturamento do dia romântico já chega perto de R$ 1,5 bilhão. (Fonte: BBC Brasil e Esoterikha.)

Mas, comercial ou não, este é um dia no qual celebramos o encontro do amor. "Esolha seu amor e ame a sua escolha"! Todos os dias são dias de nutrir o amor e de demonstrar amor a quem se ama, e que bom que temos um dia para fazer isto com mais planejamento!
Podemos fazer um piquenique ou uma viagem, um passeio ao parque ou ir ao cinema. Podemos sair para ir jantar num lugar romântico ou podemos preparar um jantar romântico em casa. Podemos comprar um presente ou fazer um presente. Podemos encher a casa de corações e fazer uma caça ao tesouro. Podemos escrever uma poesia, montar um cartão, cantar uma canção, dançar! Seja lá o que decidirmos fazer, não pode faltar uma declaração de amor! Nunca é demais falar o quanto amamos alguém. Podemos fazer o jogo do "Eu o amo mais quando você...", assim, vamos aprender mais um do outro e o que agrada mais a um e ao outro.

Quer estejamos no começo do namoro ou tenhamos 70 anos de namoro, ser romântico nunca é demais e nem ultrapassado.
É hora de planejar! Como vai ser este Dia dos Namorados?

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